Mesmo o que nos mete medo pode ser corrompido. Faz-se saber que aqueles que não acreditam na voz do povo têm dificuldades para conhecer a si próprios.
Não falo de deuses e demônios, mas sim do que há por dentro, aquilo que pensa duas vezes no mesmo momento, entre frases internas. Acreditar nesse descontrole não deve nos levar ao egoísmo, a vingativos desejos sem razão, devemos brindar essa pequena descoberta numa mesinha própria com risadas íntimas e totalmente particulares.
Sortidas crenças, jogadas de um lado pro outro, inegáveis, infalíveis, regidas por um poder centralizado, bobagens teorizadas, o que vem de dentro é pior, tão mais divertido, e desacreditar não é um crime, é um simples querer sem consequências.
É permitido inventar sua própria forma e transformar sua percepção num lindo caleidoscópio, sem deixar de lado suas origens, suas entidades figurativas, imagens de um tempo em que não se permitia saber de si, exceto os detalhes externos.
Crer é relativo, é ocasional, acontece, aparece e não há nada do outro lado da ponte em que você se encontra sentado. Isso apenas porque você não se deu conta de que está aguardando algo do outro lado, quando deveria acreditar no que te faz ficar de pé ou em onde você está de pé.
Para tanto é preciso deixar-se em paz, é preciso mistificar os anseios de dias que já se foram, desconceitualizá-los.