Você é você até que perceba que não é. Facetas estranhas todos têm, sutilezas mentais, querer estranho, o que desejava Gioconda? O que escondia, segurava dentro e por que se deliciava com pensamentos impróprios ou não.
São esses sentimentos sazonais, essa coisa que muda o povo, uma troca de atos, uma peça total, pedestais para cada um, armários, corpetes, sapatos novos, há muito o que se refazer ou improvisar, cuidado para não cair, poucos sobem tão rapidamente, sangram os punhos para buscar atenção máxima. O pedestal, o suporte, a necessidade da iluminação, a troca de papéis, você é você até que perceba que não é.
Quantas rachaduras existem no seu espelho? Quantos vincos separam sua visão, as partes do ego, quantos relógios te dizem a hora?
Prefira deslizar entre as mentes alheias, ocupadas ou não, te querem de qualquer forma, até trocam palavras em voz alta, mas o que há dentro é mais real, ninguém solta seus adjetivos-pecados. Marque cérebros com os dedos, com as mãos, encrave-se até que os outros queiram pedaços, delícia, esqueça sempre quem é você, diga o que você é, o que você sente e pensarão profundamente no seu jogo pessoal.
Tragam o pedestal, Monalisa está sorrindo.
Um comentário:
é, realmente, você é o que você é até perceber que não é. é um grande jogo insano e pessoal. alguns morrem achando que eram, outros descobrem no meio de caminho que não são. a vida é dor, já dizia Buda. dor que se transforma em felicidade por alguns minutos. e a monalisa sorri, sorri, sutilmente, sorri.
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