16 de setembro de 2007

Regras do Jogo

Tolo é o homem que lança os dados de olhos fechados.
Uma mesa verde (sua vida), fichas empilhadas (seus desejos), cartas na mão (suas ações) e apostadores (poucos amigos).
Sua estratégia não vale nada se os outros não conhecerem os passos que você sempre segue. Seu orgulho não vale nada se você amarga uma ideia na cabeça.
"Time is money" é o que dizem, nesse caso... tempo é movimento. Aqueles afobados pelo novo, que agarram a sorte que têm com tamanha paixão e delírio intenso, perdem facilmente o sabor fino da vitória que vem acompanhado de olhares admiradores e comentários naturalmente expostos. Porém, os estáticos e conservadores deixam o fruto apodrecer no pé, como se o destino final fosse a única opção inegável, a única escolha que têm a fazer.
O longo prazo com os olhos nas cartas alheias não é tão simples, fazem de tudo para enganar, tapear, demoram de propósito, se apresentam com lindas oportunidades, como se o mundo em que vivem fosse um eterno conto de fadas. Pura ilusão.
Dê a eles algo para pensar, para roer, satisfeitos por um tempo não irão incomodar, mas saiba apresentar a jogada de maneira certa, e por partes, nunca como um todo. Pode parecer mesquinho, um ultraje aos ilustres na mesa, mas acredite, eles merecem.
O orgulho nunca será usado, deve ser mantido lacrado atrás dos olhos e em nenhum momento aparecer nos pensamentos que rodeiam a estratégia correta.
E quando o azar vier, aquele que transforma os céus azuis em tempestade, o controle deverá permanecer intacto, por que esta será a deixa para a mudança esperada, para a troca no bolo de cartas, e mesmo contra os princípios naturais... será a hora das apostas alheias subirem.
A vingança (não há palavra que defina) virá, não pelas suas, mas das mãos do jogador à sua esquerda, o mesmo que festejava a sorte como um viciado.

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