2 de outubro de 2009

ao espelho

E se não tenho a carne
que me alimenta
que me sacia
e sangra na minha boca

Ardente em desejo
me contento com a força
obscura e egocêntrica
que o espelho me oferece

E meus desejos invadem
a fria face
mas voltam feito faca lançada
cortando a realidade.

adaptado de rascunho escrito no dia 4 de Junho de 2009, originalmente intitulado "Carne"

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