22 de agosto de 2012

Redenção

meus olhos castanhos abriram-se para o céu, cegos pela vida do Sol eterno, da luz perpétua; olhos insones, brilhantes esferas incapazes de admirar a luz das estrelas

meus olhos eram incapazes de ver o passado.

este manto frio que é a noite quando na condição solitária não caiu sobre os meus afetos; eu segurei forte nas coisas que acontecem somente após o amanhecer, embora todas elas estivessem ainda - e sempre - adormecidas quando delas necessitei.

houve um trânsito, uma lua escondida atrás de outra lua escondida atrás de um planeta; o tempo uivou baixo, atravessou as folhas e as persianas até que a verdade respirou fresca perto do meu rosto.

Nenhum comentário: