28 de novembro de 2012

César

levado pela destruição; destituído
desencontrado, jamais perdido

devora a serpente, infeliz
saliva a mágoa em minha boca
em nosso encontro feito de giz

dentro da sua armadura,
(te orgulhas?)
desonesto, finges o afeto

devora a serpente
engole o veneno
despeja as memórias
esqueces de ti, valente

a verdade é noiva do destino
e sua boca fará da violência
um diamante, um vestido

(...)

vá!
faz do meu rosto
conhecido por ninguém
caças um corço
ganha teu vintém

mas vá!
que teu pecado é segredo
e somente a aurora saberá
da ferida, do meu desejo.

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