nega-me o prazer
fera indomável
nega-me a verdade
esfinge inabalável
nega-me a delícia
de ser eu
de morrer outro
pondera, sátiro
sobre tua pressa
falsa promessa
pondera
que é ninfa tua vontade
mas de cinza é feita
tua brevidade
e engoles os frutos
sem conhecer o sabor
também os putos
sem cuidado e pudor
pondera, carinho
amarga a manhã
em tua boca
guarda o beijo
atrás dos dentes
sob o travesseiro
junto ao outro
moço reluzente
a sorrir, sozinho
Nenhum comentário:
Postar um comentário