Imperativo, pediu um novo desejo inventado. Todos os que tivera até agora não conseguem descrever o que almeja sentir, o próprio sentido do querer. E o novo, assim pensava, completa um vazio inexistente, em que se acredita só para se seguir adiante.
Porém, temia a larva do medo dentro da maçã não colhida: crescendo faminta pela carne do fruto que ele demorou a encontrar. Se estiver condenado, ele o engolirá em meio a ânsia e a vontade; o bem e o mal juntos.
E fez da sua imagem um escorpião em meio a um círculo de fogo, dando preferência à morte pelo próprio veneno que se deixar queimar, e arder em dor, no desespero pela liberdade.
(adaptado de rascunho feito no dia 28 de Fevereiro de 2009)
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