11 de abril de 2011

Áries

Deixou-se cegar pelo Sol daquela manhã apenas por alguns minutos, e de olhos fechados flutuou livre por inúmeros pensamentos. E com a mesma rapidez de todas as imagens que passavam pela sua cabeça, sentiu-se apreensivo, feliz, seguro, talvez um pouco moroso, para no fim não sentir absolutamente nada.

Que batalhas! - pensou, não entendo a princípio da onde vinham essas palavras. Seguiu o rumo ao cotidiano ainda muito apegado ao friso no meio da testa. É que acontecia muita coisa com muita gente agora. Tudo estava muito exagerado, caíam mundos e erguiam-se outros.

Havia um duelo de forças incompreensíveis sendo travado por detrás das experiências humanas. Sabia disso, percebia com muita clareza a dureza do céu naquela manhã, azul-rígido.

E de um súbito perdeu o próprio tempo, largou-se em meio a tantos outros, engolidos pela massa das coisas acontecidas, esqueceu o que pensava e apenas vivia; de um modo estranho percebeu positivamente como tantas vontades, tantos desejos, tantas inocências e também maldades, chegavam ao fim.

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