Então o ar lhe foi retirado por ser puro; por ser ar.
E toda materialidade que lhe era dada não passava de expurgo, despejo, eram luxos não mais desejados; velhas bonecas russas.
Vivia em si, num corpo morto, numa mente vazia, onde cada demônio poderia habitar; cada doença cobriu-lhe de chagas e comeu suas vísceras.
Uma vez condenado, transformou-se em fantasma. Não era mais luz, nem escuridão; sua existência e sua não-existência eram ambas verdadeiras. Ainda constantemente violentado nesta condição, deixou-se; na verdade o que restava deixou-lhe.
Sabe-se apenas que o primeiro e o último suspiro da vida de um homem são seus únicos lampejos desbrilhantes de vida e de morte.
Um comentário:
enlouqueci.
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