Amava-a. Marcando os cotovelos no parapeito daquela noite quente, amava-a; e a via no mar, linda em curva pela praia.
- vou apenas dar um mergulho... sei que a água está gelada, claro que está, mas é...- desejava-a naquele momento - não vou demorar, Olavo, não seja chato!
Bonita, tão bonita, será que tinha essa percepção da própria beleza? Não era bela fisicamente, era até bem comum, mas irradiava um calor, uma brasa em cada olhar... e as mãos! que mãos quentes pra uma mulher tão inocente aos olhos.
- bonita, volte pra mim - suspirava da janela; volte, bonita.
e naquela noite a lua os acalmou como há muito tempo não fazia, com os tacos do chão todos iluminados, brilhantes de sinteco novo, refletindo as estrelas; dormiam sobre a cama, acima do céu.
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